St. Athanasius, Bispo e Doutor
C. 295-373
2 de Maio – Memorial
Um egípcio ardente salva a Trindade
O Primeiro Domingo do Advento de 2011 apresentou aos fiéis uma nova tradução litúrgica da missa em muitos países de língua inglesa. A nova tradução tinha sido muitos anos em construção e tinha passado por numerosos rascunhos e revisões. Das muitas mudanças perceptíveis, algumas das mais extensas foram feitas ao Credo de Niceno. A frase “um em estar com o Pai” foi alterada para “consubstancial com o Pai“.
Isso causou confusão e desconforto para alguns, pois “consubstancial” não era uma palavra em inglês familiar e soava mais apropriado para o reino da matemática. Mas “consubstancial” tinha um longo pedigree histórico e teológico apoiando-o. Seu uso perceptível no credo recém-traduzido, e a curiosidade que provocou, também foi uma homenagem distante ao santo de hoje, Athanasius. Ele lutou e sofreu por esta palavra.
Santo Athanasius era o pilar mais robusto da ortodoxia na era patrística. Ele nasceu de pais cristãos no Egito, criado na fé, e orientado em sua juventude pelo Bispo de Alexandria, a quem acompanhou ao Concílio de Niceia. Mais tarde tornou-se bispo de Alexandria por quarenta e cinco anos controversos e foi exilado cinco vezes, algumas delas ausências difíceis, perigosas e prolongadas.
Ele viveu uma vida colorida no coração das controvérsias teológicas do século IV. Athanasius, ainda jovem, desempenhou um papel importante no Concílio de Niceia na promoção da palavra não bíblica, grega, homoousion, para descrever a relação de Cristo com Deus, o Pai.
A Igreja Ocidental então traduziu o “homoousion”como consubstantialis para seu Credo Latino. Daí a palavra inglesa “consubstancial”.
Dizer que Cristo é “consubstancial” com o Pai é dizer que Ele não é um em pessoa, um em mente, ou um em vontade com o Pai. Ele é distinto do Pai em Sua personalidade, Sua mente e Sua vontade.
Mas Cristo está inteiramente unido ao Pai em Sua substância, ou natureza. Ou seja, Cristo é Deus de Deus da mesma forma que a luz é da luz ou, para usar a provável analogia original daquela era pré-eletrificada, Cristo é Deus de Deus e chama da chama.
Um pavio carrega uma nova chama para longe de sua fonte, para queimar o mesmo ou mais quente em outro lugar, sem diminuir seu fogo “pai”. Uma fonte, duas chamas, gerando calor e luz em lugares diferentes para pessoas diferentes.
Cristo não se tornou Deus algum tempo depois que Ele nasceu da Virgem Maria. Ele não se tornou Deus na adolescência. Nem foi concedido com poderes divinos em algum evento crucial. Ele era um Deus bebê, um Deus adolescente, e um Deus adulto porque Ele sempre foi Deus.
Nem a natureza de Seu Deus era um mero manto sob o qual estava escondido um eu humano. Jesus Cristo era totalmente humano, é claro, mas também totalmente divino, e essas duas naturezas estavam unidas em uma pessoa complexa.
A maioria das definições cristológicas mais finas da Igreja estava destinada a ser esclarecida em Concílios posteriores. Os dois primeiros Concílios, Niceia (325 D.D) e Constantinopla (381 d.D.) estavam preocupados em compreender e definir a Trindade primeiro.
Uma vez que as definições trinitárias fossem trabalhadas, os Concílios do século V abordariam mais plenamente a natureza do próprio Cristo.
Antes de investigar o que Cristo era a favor, ou o que Ele fez, era necessário estabelecer quem Ele era. Seu ser precedia seu trabalho.
As contribuições teológicas de Santo Atanásio para definir, para sempre e para sempre, o significado metafísico da Encarnação são agora dadas como certas.
Sem esse entendimento correto, o Natal seria apenas um aniversário histórico de um nascimento importante, como o de Júlio César ou outros grandes da história. Mas Natal é Natal porque Cristo era/é Deus desde o início. A teologia não é apenas um travesseiro no qual a Igreja repousa, é claro, então a teologia da Trindade e de Cristo tem sido muito enriquecida desde a era patrística, mais notavelmente por uma ênfase na Cruz como a plenitude do auto-esvaziamento que começou com a Encarnação.
… Santo Atanásio, sua coragem e perseverança no combate ao falso ensino custam conforto e segurança. Que seu exemplo e intercessão ajudem todos os professores a entender a importância da verdade como ponto de partida para refletir mais frutiferamente sobre os mistérios de nossa Fé.
St. Athanasius, Bispo e Doutor – Memorial – Minha Vida Católica! (mycatholic.life)