Santas e Santos de 12 de agosto

Santa Joana Fran­cisca Fré­miot de Chantal (também na Folhinha do Coração de Jesus), re­li­giosa. Do seu ma­tri­mónio cristão teve seis fi­lhos, que educou na pi­e­dade; de­pois da morte do es­poso, sob a di­recção de São Fran­cisco de Sales, per­correu ve­loz­mente o ca­minho da per­feição e de­dicou-se às obras de ca­ri­dade, es­pe­ci­al­mente para com os po­bres e os en­fermos. Fundou a Ordem da Vi­si­tação de Santa Maria, que também di­rigiu sa­bi­a­mente. Morreu em Mou­lins, nas mar­gens do rio Al­lier, pró­ximo de Ne­vers, na França, no dia 13 de Dezembro. († 1641). Conforme o Martirológio Romano-Monástico, de 10 de dezembro, em Moulins, na região de Bourbonnais, Santa Joana Francisca de Chantal. Viúva após oito anos de um feliz casamento, dedicou-se primeiro à educação de seus quatro filhos, e depois, sob a orientação de seu diretor espiritual, São Francisco de Sales, que a introduziu na “vida devota”, fundou a Ordem da Visitação de Santa Maria, em Annecy. (M).

–  Sobre Santa Joana Francisca de Chantal: no mos­teiro da Vi­si­tação de Mou­lins, na França, o dia natal de Santa Joana Fran­cisca Fré­miot de Chantal, cuja me­mória se ce­lebra no dia doze de Agosto.

O Liturgia das Horas lembra Santa Joana Francisca de Chantal no dia 10 de dezembro.

A memória da liturgia das horas, no ofício das leituras, segunda leitura, lembra Santa Joana Francisca. Ela explica o que é o MARTÍRIO DE AMOR que poucos conhecem e menos pessoas vivem.

Das Memórias de Santa Joana Francisca, escritas por uma religiosa, sua secretária:

 (Françoise-Madeleine de Chaugy, Mémoires sur la vie et les vertus de Sainte J.-F. de Chantal, III, 3: 3ª ed., Paris 1853, p. 306-307) (Séc.XVII)

O amor é forte como a morte  

Certo dia, Santa Joana disse estas fervorosas palavras, logo fielmente recolhidas: 

“Filhas diletíssimas, muitos dos nossos santos Padres e colunas da Igreja não sofreram o martírio; sabeis dizer-me por que razão?” Após a resposta de cada uma, disse a santa Madre: “Quanto a mim, creio que isto aconteceu assim, por haver outro martírio que se chama martírio de amor, em que Deus, conservando em vida seus servos e servas a fim de trabalharem para sua glória, os faz ao mesmo tempo mártires e confessores. Sei que, por disposição divina – acrescentou – as filhas da Visitação são chamadas a este martírio com o mesmo ardor que levou a afrontá-lo aquelas servas mais afortunadas. 

À pergunta de uma irmã sobre o modo como poderá se realizar este martírio, respondeu: “Abri-vos inteiramente à vontade de Deus e tereis a prova. O amor divino mergulha sua espada até o mais íntimo e secreto de nossas almas, e separa-nos de nós mesmas. Conheci uma alma a quem o amor separou de tudo quanto lhe agradava, como se o golpe dado pela espada de um tirano lhe tivesse separado o espírito do corpo”. 

Percebemos que falara de si mesma. Tendo outra irmã indagado quanto tempo duraria esse martírio, explicou: “Desde o momento em que nos entregamos a Deus sem reservas, até o fim da vida. No entanto, isto só diz respeito às pessoas magnânimas, que, renunciando completamente a si mesmas, são fiéis ao amor; os fracos e inconstantes no amor, nosso Senhor não os leva pelos caminhos do martírio, mas deixa-os viver a passos lentos, para que não se afastem dele; pois nunca força a livre vontade”. 

Quando, por fim, lhe foi perguntado se este martírio de amor poderia ser igualado ao martírio do corpo, respondeu: “Não nos preocupemos com a questão da igualdade, muito embora eu julgue que um não ceda ao outro, porque o amor é forte como a morte (Ct 8,6). E ainda porque os mártires de amor sofrem dores mil vezes mais agudas conservando a vida para cumprir a vontade de Deus, do que se tivessem de dar mil vidas para testemunhar a sua fé, o seu amor e a sua fidelidade”. 

2.   Em Ca­tânia, na Si­cília, ac­tu­al­mente re­gião da Itália, Santo Euplo, mártir, que, du­rante a per­se­guição do im­pe­rador Di­o­cle­ciano, se­gundo a tra­dição, foi me­tido no cár­cere pelo go­ver­nador Cal­vi­siano por ter sido en­con­trado com o livro dos Evan­ge­lhos nas mãos; in­ter­ro­gado vá­rias vezes, glo­riou-se de ter o Evan­gelho no co­ração e por isso foi fla­ge­lado até à morte. († 304). Conforme o Martirológio Romano-Monástico, em Catânia, na Sicília, no começo do séc. IV, o martírio de Santo Euplúsio, diácono. Ao governador que o intimava a sacrificar aos ídolos, respondeu: “Sacrifico de boa vontade, mas ofereço a mim mesmo a Cristo Deus: nada de melhor tenho para lhe oferecer”! A seguir, depois de diversas torturas, foi colocado sobre seu pescoço o Evangelho que trazia consigo ao ser aprisionado, e finalmente foi decapitado. (M). No VIDAS DOS SANTOS Santo Euplio, nas páginas 391-393: http://obrascatolicas.com/livros/Biografia/VIDAS%20DOS%20SANTOS%20-%2014.pdf

3.   Em Ni­co­média, na Bi­tínia, hoje Izmit, na Tur­quia, os santos Ani­ceto e Fócio, mártires. († s. IV)

4*.   Em Kil­lala, na Ir­landa, São Mu­re­dach, bispo. († c. s. V)

5*.   Também na Ir­landa, no mos­teiro que re­cebeu o seu nome, Santa Lélia, virgem. († s. V)

6.   Em Bréscia, na Lom­bardia, re­gião da Itália, Santo Her­cu­lano, bispo. († s. VI). Conforme o Martirológio Romano-Monástico, no séc. VI, Santo Herculano, consagrado bispo a serviço da Igreja de Bréscia (M).

7.   Em Lé­rins, ilha da Pro­vença, ac­tu­al­mente na França, os santos már­tires Por­cário, abade, e muitos ou­tros monges, que, se­gundo a tra­dição foram mortos pelos Sarracenos. († c. s. VIII). Ver páginas 389-390: http://obrascatolicas.com/livros/Biografia/VIDAS%20DOS%20SANTOS%20-%2014.pdf

8*.   Em Ruthin, no País de Gales se­ten­tri­onal, o Beato Carlos Me­ehan, pres­bí­tero da Ordem dos Frades Me­nores e mártir, na­tural da Ir­landa, que foi preso ao passar por aquele país em di­recção à sua pá­tria e, con­de­nado à morte por ter en­trado como sa­cer­dote no ter­ri­tório sob o do­mínio do rei Carlos II, foi en­for­cado e es­quar­te­jado, assim al­can­çando a palma do martírio. († 1679)

9*.   Em Roma, o Beato Ino­cêncio XI, papa, que di­rigiu sa­bi­a­mente a Igreja, em­bora atri­bu­lado por duros so­fri­mentos e tribulações. († 1689)

10*.   Num sór­dido barco-prisão an­co­rado ao largo de Ro­che­fort, na França, o Beato Pedro Jar­rige de la Mo­rélie de Puyredon, pres­bí­tero e mártir, que, du­rante a vi­o­lenta per­se­guição contra a Igreja, ex­posto sem in­ter­rupção à ar­dente ir­ra­di­ação solar, morreu por Cristo. († 1794)

11.   Em Nam Dinh, ci­dade do Ton­quim, hoje no Vi­etnam, os santos már­tires Tiago Dô Mai Nam My, pres­bí­tero, An­tónio Nguyen Dich, agri­cultor, e Mi­guel Hguyen Huy My, mé­dico, que, no tempo do im­pe­rador Minh Mang, de­pois de cruéis su­plí­cios, foram de­ca­pi­tados por serem cris­tãos. († 1838)

12*.   Em Hor­na­chu­elos, vila pró­xima de Cór­dova, na Es­panha, a Beata Vi­tória Díez y Bustos de Molina, virgem e mártir, que exerceu o ofício de pro­fes­sora no Ins­ti­tuto Te­re­siano e, du­rante a vi­o­lenta per­se­guição contra a Igreja, pro­clamou a sua fé cristã e so­freu o mar­tírio, en­quanto exor­tava os ou­tros a se­guir o mesmo caminho. († 1936)

13*.   Em Val­de­moro, pró­ximo de Ma­drid, também na Es­panha, o Beato Flávio (Ati­lano Di­o­nísio Argüeso Gon­zález), re­li­gioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, na mesma per­se­guição, foi morto em ódio à fé cristã. († 1936)

14*.   Em Bar­bastro, pró­ximo de Hu­esca, no ter­ri­tório de Aragão, também na Es­panha, os be­atos Se­bas­tião Calvo Martínez, pres­bí­tero, e cinco companheiros, már­tires, re­li­gi­osos da Con­gre­gação dos Mis­si­o­ná­rios Fi­lhos do Ima­cu­lado Co­ração de Maria, que, na mesma per­se­guição, ter­mi­naram vi­to­ri­osos o glo­rioso combate. Estes são os seus nomes: Pedro Cu­nill Pa­drós, José Pavón Bueno, Ni­cásio Si­erra Ucar, pres­bí­teros; Ven­ceslau Claris Vi­lar­regut, sub­diá­cono; Gre­gório Chi­rivás La­cambra, religioso. († 1936)

15*.   Em Tar­ra­gona, também na Es­panha, o Beato An­tónio Pe­rulles Estivill, pres­bí­tero da Ir­man­dade de Sa­cer­dotes Ope­rá­rios Di­o­ce­sanos e mártir, que, na mesma vi­o­lenta per­se­guição, con­sumou na rua o seu martírio. († 1936)

16♦.   Em Fu­en­carral, na ci­dade de Ma­drid, também na Es­panha, o Beato Bo­a­ven­tura Garcia Paredes, pres­bí­tero da Ordem dos Pre­ga­dores e mártir na mesma per­se­guição religiosa. († 1936)

17♦.   Em Pu­ente del Ar­zo­bispo, pró­ximo de To­ledo, também na Es­panha, o Beato Do­mingos Sán­chez Lázaro, pres­bí­tero da di­o­cese de To­ledo e mártir, que, du­rante a mesma per­se­guição, pela per­se­ve­rança na fé me­receu con­fi­gurar-se com Cristo. († 1936)

18♦.   Em Vil­lacañas, pró­ximo de To­ledo, também na Es­panha, o Beato Fran­cisco Ma­queda López, can­di­dato ao pres­bi­te­rado e mártir, que, du­rante a per­se­guição, su­portou por amor de Cristo todas as ad­ver­si­dades até al­cançar a palma celeste. († 1936)

19*.   Em Da­chau, pró­ximo de Mu­nique da Ba­viera, na Ale­manha, os be­atos Flo­riano Stepniak, da Ordem dos Frades Me­nores Ca­pu­chi­nhos, e José Straszewski, pres­bí­teros e már­tires, que, du­rante a in­vasão mi­litar da Po­lónia, mor­reram no campo de con­cen­tração en­ve­ne­nados numa câ­mara de gás. († 1942)

20*.   Em Pla­negg, também pró­ximo de Mu­nique da Ba­viera, na Ale­manha, o Beato Carlos Leisner, pres­bí­tero do Mo­vi­mento Apos­tó­lico de Shöns­tatt e mártir, que, ainda diá­cono, por causa da sua pú­blica pro­fissão de fé e in­can­sável zelo apos­tó­lico, foi me­tido no cár­cere e, or­de­nado sa­cer­dote no campo de con­cen­tração de Da­chau, de­pois de ter saído em li­ber­dade, morreu de­vido aos tor­mentos so­fridos no cativeiro. († 1945)

21. Conforme VIDAS DOS SANTOS, em Faléria, na Toscana, martírio de São Graciliano e de Santa Felicíssima, virgem, que foram, primeiro, rudemente maltratados na bôca com pedras, por terem confessados a fê, e enfim, perecendo pela espada, obtiveram a palma do martírio, que tinham ardentemente desejado.  São Graciliano e Santa Felicíssima (também na Folhinha do Coração de Jesus). Ver página 385: http://obrascatolicas.com/livros/Biografia/VIDAS%20DOS%20SANTOS%20-%2014.pdf

22. Santa Hilária (também na Folhinha do Coração de Jesus). Conforme o Martirológio Romano-Monástico, em Augsburg, no séc. IV, Santo Hilário, que morreu no fogo com Suas Três Criadas por ter renegado o culto a Vênus e confessado sua fé na divindade de Cristo. Sua filha, Santa Afna, havia sofrido o mesmo suplício poucos dias antes (M).

23. Conforme o Martirológio Romano-Monástico, perto de 462, Santo Eusébio, Bispo de Milão, que levantou das ruínas sua cidade episcopal, que fora saqueada por Átila e seus hunos. (M)

24. Conforme o Martirológio Romano-Monástico, na Síria, o martírio dos Santos Macário e Juliano. (M).

25. Outros santos do dia 12 de agosto: págs. 389-394, em: http://obrascatolicas.com/livros/Biografia/VIDAS%20DOS%20SANTOS%20-%2014.pdf

 Rohrbacher, Padre – VIDAS DOS SANTOS – Volume XIII – Editora das Américas – 10 de julho de 1959.

“E em outras partes, muitos outros santos Mártires, Confessores e Santas virgens.

R/: Demos graças a Deus!”

OBSERVAÇÃO: Transcrito acima conforme os textos da bibliografia: português de Portugal, por ex. ou português da época em que o livro foi publicado.

BIBLIOGRAFIA e DIVERSOS

1.MARTIROLÓGIO ROMANO – Secretariado Nacional de Liturgia – Portugal http://www.liturgia.pt/martirologio/

2. MARTIROLÓGIO ROMANO ITALIANO – Editore: LIBRERIA EDITRICE VATICAN – A © Copyright by Fondazione di religione Santi Francesco di Assisi e Caterina da Siena, Roma, 2004 ISBN 978-88-209-7925-6 – Via Internet: https://liturgico.chiesacattolica.it/wp-content/uploads/sites/8/2017/09/21/Martirologio-Romano.pdf

3. VIDAS DOS SANTOS – PADRE ROHRBACHER – Abaixo o vol 1. São 22 volumes, sendo 20 volumes em PDF; 2 volumes não estão em PDF: Vol. 10 e 11: http://obrascatolicas.com/livros/Biografia/VIDAS%20DOS%20SANTOS%20-%201.pdf

4. Martirológio Romano-Monástico – adaptado para  Brasil – Abadia de S. Pierre de Solesmes – Mosteiro da Ressurreição, Edições – 1997

5. Martirológio Romano – Editora Permanência – Rio de Janeiro, 2014 – Livraria on line – www.editorapermanencia.com

6. Folhinha do Coração de Jesus – virtual – aplicativo para celular